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domingo, 20 de julho de 2014

"O Maraca é Nosso..."

Fig1: Logomarca da Copa do Mundo
de 2014 no Brasil.
Este ano, o Brasil foi sede de um dos maiores eventos esportivos do mundo: a Copa do Mundo.
É evidente que o país tenha estado mais exposto no exterior neste último mês, recebendo turistas de várias nacionalidades para poder prestigiar os jogos e poder conhecer um pouco mais sobre nossas cidades, cultura, culinária, dentre outros entretenimentos.
A cidade do Rio de Janeiro possui o estádio mais famoso do Brasil e um verdadeiro marco da Cidade Maravilhosa, o estádio Jornalista Mário Filho, vulgarmente conhecido como o Maracanã.


Mas será que neste ano tivemos o nosso Maracanã?
Fig2: Estádio Jornalista Mauro Filho - Estádio do Maracanã -
Foto de 1950
De origem, o Maracanã foi construído para sediar a Copa de 1950, assim como aconteceu para esta edição no Brasil, com a construção de outros estádios. No entanto, sua história começa bem antes disso, em 1936, quando o governo também estava com o projeto de um campus da Universidade do Brasil. Nele se previa a construção de um estádio olímpico e com ele, uma Escola de Educação Física. Seria o Estádio Nacional.
Foi aberto um concurso para seu projeto. Nele estavam os arquitetos Oscar Niemeyer, Antônio Carneiro Dias em parceria com Pedro Paulo Bernardes Bastos, e o grupo Renato Mesquita dos Santos, Thomaz Estrella, Jorge Ferreira e Renato Soeiro.
Fig3: Projeto de Oscar Niemeyer para o Maracanã.
Devido a muitos problemas de solução em projeto, às indefinições e problemas políticos e governamentais (incluindo-se referentes à Segunda Guerra mundial e pós-guerra), não houve vencedor.  Somente em 1947 foi liberada a sua construção, sendo o projeto de Bastos e Carneiro escolhido com devidos ajustes e em parceria com Rafael Galvão e Orlando Azevedo.
As obras se iniciaram em 1948 e o estádio sediou a Copa, ainda inacabado, pois só foi concluído em 1965, com modificações inclusive em seu revestimento externo, que receber pastilhas azuis.
Fig4: Na foto, os arquitetos Antonio D. Carneiro e Miguel Feldman diante
da Maquete do Maracanã em 1949 - Coleção Branca Feldman
O Maracanã tem seu formato oval, medindo 317 metros em seu eixo maior e 279 metros no menor. Mede 32 metros de altura, o que corresponde a um prédio de seis andares, e a distância entre o espectador mais distante o centro do campo era de 126 metros. 
Sua capacidade original era de 200mil espectadores, distribuídos por arquibancadas de concreto, cadeiras de ferro, tribunas, camarotes e geral, com dois acessos principais com gigantescas rampas nas extremidades opostas do eixo menor do estádio.

O público era dividido em três níveis: a geral, no nível do gramado, acomodando até 30
Fig5: Construção do Maracanã.
mil espectadores de pé no espaço entre o primeiro degrau e o guarda-corpo que circunda o campo;  
o segundo lance, com 30 mil cadeiras e 300 camarotes; o terceiro e mais elevado, oferecia 90 mil lugares sentados nas arquibancadas em balanço sobre as cadeiras, com distância máxima do campo de 150m, tribuna de honra, tribuna da Imprensa e a tribuna desportiva, além das cabines de rádio. Uma marquise cobria parcialmente as arquibancadas formando um anel com refletores a vapor de mercúrio instalado acima, ao longo das duas laterais do campo. Era o estádio  “maior do mundo”. 

Fig6: Corte da arquibancada do Projeto do Maracanã - Acervo Iphan
Fig7: Corte da arquibancada do Projeto do Maracanã - Acervo Iphan
Previa-se também, ao longo do estádio, ginásio poliesportivo, piscinas e pista de atletismo. Mas esses não foram construídos a tempo da copa. Somente depois de 1952 começou sua construção e em 1954 inaugurou-se o ginásio  Gilberto Cardoso (o Maracanãzinho), O estádio de atletismo de Célio Barros, em 1974 e o parque aquático Julio de Lamare, em 1978.


Fig8: Selo Comemorativo da
Inauguração do Maracanã em 1950.
No entanto, uma construção como essa, considerada como patrimônio e com uma história interessante, já sofreu algumas modificações ao longo do tempo, devido às novas exigências para os campeonatos de futebol, algumas delas responsáveis por significativa descaracterização do estádio.
No ano de 2000 houve uma reforma para o I Campeonato Mundial de Clubes da FIFA, quando foram transformadas as arquibancadas. Passou a ser dividida por setores e assentos individuais e os camarotes foram instalados nos lances superiores.  Reduziu sua capacidade em público, mas adotou-se mais segurança e conforto. 

Fig9: Panorama do Maracanã em 2010, antes da nova reformar.
Agora, em 2014, temos um novo Maracanã. Um Maracanã que atendeu a todos os padrões FIFA.
Mas será que foi realmente proveitosa essa reforma? Críticos alegam que o estádio não é mais o mesmo...
Fora os gastos altos realizados em sua reforma, o brilho em assistir uma partida de futebol como era antes não existiria mais com as novas instalações, muita delas irreversíveis, além de pertencer a um grupo privado que cobra preços extorsivos nos ingressos. 
Além disso, o haverá mais 200 mil espectadores, nem as gerais, nem os lugares com torcidas ancestralmente definidos.

Fig10: Arquibancada lotada no estádio em 1963 no jogo entre
Flamengo e Fluminense.
Fig11: O jogo da final da Copa de 1950 entre Brasil e Uruguai

Fig12: Pelé e o jogo para a classificação do Brasil em 1970

Nesses 64 anos de história, o Maracanã foi palco de muitos acontecimentos. Houve partidas históricas entre os times de futebol mais populares de nossa cidade e inúmeros Campeonatos Brasileiro de Futebol.
Acolheu também shows de artistas nacionais e internacionais como Roberto Carlos, Madonna, Paul McCartney, Frank Sinatra, Sandy e Junior dentre outros, provas de vestibular, os jogos Pan-Americano 2007 e agora a Copa do Mundo de 2014 e futuramente as Olimpíadas de 2016...

"Mas certamente uma nova torcida, pasteurizada, na nova Arena Maracanã nunca mais vai cantar da mesma forma" - palavras do Professor William Bittar - professor da faculdade de arquitetura e urbanismo da UFRJ e Unisuam.
Fig13: Novo estádio do Maracanã 2014.
Domingo, eu vou pro maracanã
E torcer pro time que sou fã
Vou levar foguetes e bandeira
Não vai ser de brincadeira
Ele vai ser campeão
Não quero cadeira numerada
Vou ficar na arquibancada
Prá sentir mais emoção
Neguinho da Beija-Flor






Fontes:
Sites:
http://www.clerioborges.com.br/maracana.html 07/06/2014
http://pt.wikipedia.org/wiki/Est%C3%A1dio_do_Maracan%C3%A3  07/06/2014
http://www.ufrgs.br/propar/publicacoes/ARQtextos/pdfs_revista_17/02_CC_NIEMEYER%20E%20O%20MARACANA~.pdf 18/07/2014
http://www.debatesculturais.com.br/o-maraca-e-nosso-mas-sera-que-ainda-existe-o-maraca/ 18/07/2014
Imagens:
Fig1 e 2: Imagens Google
Fig3: http://vejario.abril.com.br/blog/historias-do-futebol-carioca/maracana/o-maracana-de-niemeyer 18/07/2014
Fig4 ao 7: http://www.ufrgs.br/propar/publicacoes/ARQtextos/pdfs_revista_17/02_CC_NIEMEYER%20E%20O%20MARACANA~.pdf 18/07/2014
Fig 8, 9 e 13: http://pt.wikipedia.org/wiki/Est%C3%A1dio_do_Maracan%C3%A3  07/06/2014
Fig 10 ao 12: http://acervo.oglobo.globo.com/fotogalerias/dez-jogos-memoraveis-no-maracana-9591634 20/07/2014

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Arquitetura + Música = Minha Alma (A paz que não quero)


A música composta por Marcelo Yuka, da banda O Rappa, traz uma forte crítica social, abordando a ilusão e o medo da sociedade perante a violência e acontecimentos que nem aconteceram. A letra da música ainda ressalta o comodismo e a indiferença social.

Mas o que essa música tem a ver com a arquitetura? Destaca-se em uma frase:

“As grades do condomínio são pra trazer proteção, mas também trazem a dúvida se é você que está nessa prisão”
 Fig1. Grades de entrada de um condomínio no Recreio dos Bandeirantes. 
Hoje, as grandes construtoras buscam construir condomínios com amplas áreas de lazer e promessa de segurança. Principalmente em uma cidade grande, movimentada, com forte crescimento desordenado e favelização como o Rio de Janeiro.
Geralmente, os moradores de condomínios são da classe média e alta, o mesmo público que busca o status social, o bem estar e a tal segurança da propaganda.
Fig2. Condomínio atual da Barra da Tijuca. 
O que poucas pessoas sabem é que o contexto urbano ou edificado causa influências indiretas em nosso comportamento. Fechar-se em “pequenas cidadelas”, como é o caso dos condomínios fechados, é promover o isolamento das pessoas a um determinado local, limitando-as de circular pela cidade e de ver qual é a verdadeira realidade.
Esse modelo de moradia foi estabelecido pelos promotores imobiliário na época do Plano Piloto da Baixada de Jacarepaguá, nos anos 70, elaborado pelo arquiteto e urbanista Lúcio Costa. Esse seria, mais tarde, um novo modelo de “como viver” em várias regiões do Rio de Janeiro - não necessariamente nas regiões ainda não urbanizadas, mas nas regiões das periferias.
A tal segurança já era questionada nesta época, quando havia um grande crescimento desordenado da cidade graças ao milagre econômico. E as mesmas imobiliárias vendiam junto um novo conceito: o de “morar onde se gostaria de passar as férias”.


Fig3 e 4. Antigas propagandas de venda de apartamentos da Barra da Tijuca
Então, quem será que vive numa prisão?
Ou quer ficar “na poltrona no dia de domingo”?
A letra da música faz pensarmos se o fato de viver num local assim é realmente viver em segurança. Isolar as pessoas cada vez mais da cidade é promover aos poucos que elas não se desloquem para outros pontos, fazendo-as até perde a noção da realidade e se baseando em fatos que chegam em casa pelos canais de telecomunicação. 
Como será que queremos viver? Como queremos as nossas cidades? Como queremos a nossa sociedade?
Seguem letra e música. Tirem suas conclusões: será que essa arquitetura não interfere na vida social?

A minha alma tá armada
E apontada para a cara
Do sossego
Pois paz sem voz
Paz sem voz
Não é paz é medo

Às vezes eu falo com a vida
Às vezes é ela quem diz
Qual a paz que eu não quero
Conservar
Para tentar ser feliz (x4)

As grades do condomínio
São para trazer proteção
Mas também trazem a dúvida
Se é você que está nessa prisão
Me abrace e me dê um beijo
Faça um filho comigo
Mas não me deixe sentar
Na poltrona no dia de domingo, domingo
Procurando novas drogas
De aluguel nesse vídeo
Coagido é pela paz
Que eu não quero
Seguir admitindo
É pela paz que eu não quero, seguir
É pela paz que eu não quero, seguir
É pela paz que eu não quero, seguir
Admitindo
Video-Clip da música Minha Alma (A paz que eu não quero)
Fontes: 

LEITÃO, Gerônimo. A construção do Eldorado urbano - o plano piloto da Barra da Tijuca e baixada de Jacarepaguá - 1970 / 1988. Niteroi, Rj: EDDUFF,1999
FREITAS, Gustavo. Minha Alma (A paz que eu não quero) - O Rappa, Campinas, 27/05/2010 Disponivel em: thttp://musicasbrasileiras.wordpress.com/2010/05/27/minha-alma-a-paz-que-eu-nao-quero-o-rappa/ Acesso em 25/08/2013
VAGALUME,  Minha Alma (A paz que eu não quero),Disponivel em: http://www.vagalume.com.br/o-rappa/minha-alma-a-paz-que-eu-nao-quero.html#ixzz2d8chofA2 Acesso 25/08/2013

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

104 anos (parte 2)


Como dito em post anterior. Existem obras do Niemeyer que pouco são conhecido pelas pessoas. 
Nesse post, falaremos um pouco de algumas dessas obras. Existem outras de caráter mais popular, e outras que se encontram no seu site pessoal. Uns estão até em nosso cotidiano e nem nos deparamos que determinada construção seria dele. A mesma muitas das vezes possui um caráter histórico para uma determinada região tornando-se marcos para um bairro ou cidade. 

Seguem alguns desses projetos com imagens com comentários

- Monumento a revolução dos funcionários da CSN em Volta Redonda.


            Essa obra é pouco conhecida. Está mais presente na memória e história de quem trabalha e mora na cidade de Volta Redonda. Esse monumento foi construído como um memorial a revolução feita pelos funcionários da CSN. No dia seguinte de sua estréia, ele sofreu um atentado. O próprio Niemeyer não permitiu que se houvesse concerto e deixa exposto como prova do acontecimento. Feito todo em concreto armado, com marcas vermelhas demonstrando o sangue dos mortos e caindo sobre as águas.

- Memorial da Cabanagem







É um monumento de 15 metros de altura por 20 de comprimento, todo em concreto, erguido no complexo do entroncamento, Belém/PA. Foi construído para compor as comemorações do sesquicentenário da Cabanagem, que aconteceu em 7 de janeiro de 1985

- Monumento Eldorado Memorial 




Projetado em memória as vítimas do Massacre de Eldorado dos Carajás, inaugurado no dia 7 de Setembro de 1996, em Marabá, foi destruído seis dias depois. O Arquiteto pensou que esse monumento seria destruído, mas foi o único projeto assino que foi para o interior da Amazônia brasileira.


- Torres da Barra da Tijuca e Projeto Piloto para a Baixada de Jacarepaguá.



Torres de Charles Gaulle
Planta Baixa do Apartamento
Projeto do Niemeyer em como seria essa região
da barra da Tijuca











 


           Esse edifícios se encontram no cotidiano do morador da Barra da Tijuca. As torres de Charles Gaulle foram um dos primeiros edifícios a ser construído no bairro fazendo parte do Projeto Piloto para a Baixada de Jacarepaguá elaborado pelo arquiteto Lúcio Costa. Dentre ela, estaria também outros projetos que não saíram do papel.

- Hotel Nacional em São Conrado.



Foto do Hotel Nacional antiga, quando funcionava o Hotel
            Enquanto estava havendo a expansão em direção a zona Oeste do Rio de Janeiro, o Hotel foi Fundado em 1972 pelo empresário José Tours, proprietário da antiga rede de hotéis Horsa, o projeto é obra do Oscar Niemeyer e seu paisagismo idealizado pelo
Burle Marx. Em 1998, o edifício foi tombado, sendo ele um ponto turístico de importância para o Bairro, mas como empresa hoteleira faliu e a sua sucessora também, hoje o hotel se encontra inutilizando havendo projeto para sua reabertura na copa do mundo de 2016.

Casas


Muitas vezes negligenciadas em meio às grandes obras como Brasília, as casas desenhadas por Niemeyer antecipam conceitos empregados em projetos públicos. Influenciado por Le Corbusier (Charles Édouard Jeanneret, 1887 - 1965), o arquiteto traçou em sinuosidades uma identidade brasileira no movimento Modernista. Nas residências, as formas amebóides, combinadas aos pilotis, brises e amplos espaços, apontam essa determinação.


- Casa Sebastião Carmago




Nesta residência, o arquiteto usa formas mais retilíneas, embora ainda projeto através de geometrias definidas. A casa está situada em Brasília e foi projetada para Sebastião Camargo em 1985.

- Anne e Joseph Strick




Com desenho desenvolvido em 1964, a casa Anne e Joseph Strick, em Santa Mônica, Califórnia, é a única projetada e construída por Oscar Niemeyer nos EUA. Na imagem é possível ver a porta principal que dá para a sala de estar, ladeada em duas extremidades por vidros

- Nara Mondadori 




Projetada em 1968, a casa Nara Mondadori fica em Cap Ferrat, na França. O pavilhão da piscina, orgânico, possui paredes revestidas por azulejos desenhados por Athos Bulcão

- Carmen Baldo



No Jardim Botânico, Rio de Janeiro, a casa Carmen Baldo foi projetada por Oscar Niemeyer em 1969. O nível inferior, onde estão localizados os dormitórios, são antecedidos por cobogós compostos por tijolos cerâmicos

- Casa Edmundo Cavanelas




Fachada da casa Edmundo Cavanelas, em Pedro do Rio (RJ). A obra, datada de 1954, tem paisagismo criado por Roberto Burle Marx, no qual se destaca o xadrez de gramíneas


- Samba do Arquiteto.
            Como no blog, abortamos também música correlacionada com arquitetura, não podíamos deixar passar o fato de Niemeyer ter composto um samba. Ela faz critica a própria profissão e de sua importância social.
seguem vídeo e letra. 


O que é que você fez / Desde que está diplomado / O que é que você fez / Para se ver realizado / Trabalha, ganha dinheiro / Anda bem alimentado / Nada disso, companheiro / É grande para ser louvado
Você só fez atender / Ao governo materialista / Que faz obra para se ver / Para agradar ao turista / Que deixa o pobre de lado / Que tira o pobre da lista / Da lista dos seus pseudo-s / Amigos capitalistas
São escolas, hospitais / Teatros, apartamentos / Construções industriais / Verdadeiros monumentos / Tudo isso pobre vê / Vê e não pode tocar / Perdido por essas terras / Que não pode cultivar
Sem ter livros para aprender / Sem ter casa para morar / Sem ter um olhar amigo / Um ombro para se encostar / Mas se você é honrado / Não deve se conformar / Ponha a prancheta de lado / E venha colaborar
O pobre cansou da fome / Cansou de tanto esperar / E vai partir para a luta / Que Cuba soube ensinar

sábado, 15 de dezembro de 2012

104 anos (Parte 1)


No dia 05/12/2012, o Brasil fica em luto. Morre Oscar Niemeyer.
E hoje, dia 15/12/2012, o arquiteto completaria 105 anos se estivesse ainda vivo. No blog Nossa Arquitetura, em sua homenagem, falaremos resumidamente de suas principais obras. Niemeyer foi e sempre será o arquiteto mais famoso que tivemos no Brasil. Muitos podem não gostar de sua arquitetura, e muitos podem admirá-la. Mas sua influência, mesmo sendo aos conceitos modernistas de Le Corbusier, trouxe grande evolução e transformação na nossa arquitetura. Muitos arquitetos aderiram a ela. Algumas de suas obras podem não ter o melhor
conforto, mas algumas foram práticas e outras exigiram uma estrutura especial. O que é inquestionável é a plasticidade de seus projetos, que se tornaram obras de
arte. E agora, serão eternizados junto com o seu nome.


Foto do Palácio com os croquis do projeto.
Rio de Janeiro
Tudo começou com o Palácio Gustavo Campanema. Nesse projeto, estavam os
arquitetos Lucio Costa, Carlos Leão, Affonso Eduardo Reidy, Ernani Vasconcellos e Jorge Machado Moreira, com supervisão de Le Corbursier. Esse seria o primeiro prédio modernista com os conceitos corbusianos. Niemeyer, com insistência, pede para participar desse projeto e fica próximo de Le Corbusier, começando assim sua influência modernista.

Pavilhão Brasileiro de Nova York em 1939
EUA

O Berço - primeiro projeto autônomo
Rio de Janeiro
Quando acabou esse projeto, Oscar começou a trabalhar como arquiteto autônomo e seu primeiro projeto assim foi O Berço. No entanto, a parceria com Lucio Costa permaneceu.. Realizaram juntos o Pavilhão Brasileiro na exposição Internacional de New York em 1939 e o Grande Hotel, em Ouro Preto.

Grande Hotel - Ouro Preto
Após esses projetos, Juscelino Kubitschek lança um concurso para fazer o projeto do lago da Pampulha, mas nenhum o agrada. Por indicação de Lucio Costa, Oscar vai até ele e faz os primeiros croquis para o lago, agradando o ex-presidente.
Igreja do Lago da Pompulha
Belo Horizonte



Sede da ONU - EUA
Casa das Canoas -  Casa projetada para
ser a sua residência. - Rio de Janeiro
Depois veio a Sede da ONU, o Parque do Ibirapuera, o Conjunto Copan em São Paulo, a Casa das Canoas, até chegar aos anos 60, quando acontece um concurso para projetar Brasília. O ganhador é Lúcio Costa. Ele leva Niemeyer para ajudá-lo e projetar os edifícios, enquanto Lúcio fica com a parte urbanística da cidade. Obra essa que se eternizou, seguindo novamente os conceitos cobursianos para uma cidade ideal: a Ville Radieuse.

Conjunto Copan - São Paulo
 Parque do Ibirapuera - Foto do interior da Bienal - São Paulo















Montagem de alguns projetos de Brasilia,
como o Congresso Nacional,
a Ponte Juscelino Kubitschek Palácio da Alvora
 e a Catedral Metropolitana.
Ministério da Justiça - Brasilia









Palácio do Planalto - Brasilia









Palácio Itamaraty - Brasilia










Seu sucesso foi grande, e assim Niemeyer começou a produzir para fora do país. Fez projetos para França, Itália, Argélia, Portugal e países Árabes.
Sede do partido comunista francês -
França

Mesquita de Argel
Argelia














Nos anos 80, dois projetos marcantes são o Centro Integrado de Educação Pública
(os Ciep) - recebendo grande crítica projetual e ao mesmo tempo elogiado como uma forma de produção de escola em série - e a Passarela do Samba. Nos anos 90, fez o projeto do Museu de Arte Contemporânea em Niterói – MAC, o auditório Ibirapuera e o olho de Curitiba, onde está o museu Niemeyer.
CIEP - Estado do Rio de Janeiro

Sambodromo - Rio de Janeiro







Museu Oscar Niemeyer - Curitiba
Museu de Arte Comteporânea - MAC
Niteroi
















Houve outras obras que também não são muito citadas. Oscar Niemeyer produziu certa de 200 projetos até o fim da vida, e mesmo chegando aos 100 anos de idade produziu muito, deixando outros projetos a serem ainda executados.

Vejam esse projetos em "104 anos (Parte 2)"

Fonte:
http://www.niemeyer.org.br/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Oscar_Niemeyer

Imagens:
http://reidy-ofilme.blogspot.com.br/2011/10/reidy-e-o-palacio-gustavo-capanema.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bras%C3%ADlia
Internet acervo google