quinta-feira, 24 de maio de 2012

Rio de Janeiro em 1936

Um documentário, dirigido pelo norte americano James A. Fitzpatrick‘s, mostra um Rio de Janeiro diferente  da cidade que conhecemos hojeO Rio de Janeiro da década de 30.

Esse vídeo, talvez, seja o mais antigo que possuímos sobre a cidade sendo ainda colorido.  Ele mostra construções antigas que foram demolidas, mas que faziam parte do cenário carioca, como Palácio Monroe e o Palácio Mourisco da praia de botafogo.
O vídeo também mostra o Pão de açúcar sem os prédio envolta, a praia de Copacabana com poucos edifícios em sua orla, o teatro municipal, a Av. Central, Av. Beira Mar, o inicio de alguns prédios modernos, dentre outros.

Além da cidade, mostra também o cotidiano, os automóveis, as pessoas, as roupas, tudo que foi do Rio que hoje está na memória de quem vivenciou essa época.

Abaixo, o vídeo e algumas imagens antigas mostrando todos esses elementos. 


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Palácio Mourisco
Postal do Palácio Monroe




terça-feira, 1 de maio de 2012

Fábrica virara Sala de Concerto no Interior de São Paulo.

Um projeto de restauração e revitalização interessante. Vale a pena conferi.

Imagem ilustrativa em como ficará o edifício. 


Atual situação da antiga fábrica
A antiga - e tombada - Fábrica São Martinho, localizada em Tatuí, no interior do Estado de São Paulo, deve ser restaurada e transformada em uma grande sala de concertos e orquestras pelas mãos do escritório de arquitetura paulistano PPMS – Pedro Paulo de Melo Saraiva. Em homenagem ao maestro João Carlos Martins, a sala ganhará o seu nome.

Para enfrentar o desafio de restaurar um bem tombado, o PPMS partiu de um princípio básico: se apropriar do terreno da antiga fábrica preservando ao máximo o bem existente. A antiga torre, por exemplo, será completamente preservada, e, em conjunto com a Praça São Martinho – localizada bem na frente da edificação -, que será revitalizada, vai se tornar a referência imediata para a entrada de pedestres. 

A partir desta entrada principal, o grande hall é o primeiro ambiente encontrado e deve servir também como elemento articulador das demais dependências do conjunto. Meio nível acima deste hall – que também abriga bar, restaurante e bilheteria e conta com uma cobertura transparente – está o foyer principal. Já meio nível abaixo está o Museu com acervo do Maestro João Carlos Martins e, ainda, um salão nobre e a administração do complexo. A maioria desta primeira parte do complexo vai nascer da estrutura preservada da antiga fábrica.

O grande foyer dá acesso ao principal ponto deste conjunto, a sala sinfônica propriamente dita, e, a partir daí, começam também as grandes criações do PPMS. As rampas de acesso, por exemplo, todas protegidas por vidros, ligam o foyer a duas entradas distintas da sala. Já a sala, que deverá ser criada do zero pelos arquitetos, terá capacidade para aproximadamente 1.000 pessoas e deve obedecer todos os requisitos para atingir a acústica ideal de uma sala de concerto. A começar pelo formato tradicional de ‘caixa de sapatos’ – com platéia principal, platéia lateral e dois balcões. Tal configuração permite bom envolvimento entre público e orquestra. O palco foi dimensionado para um conjunto de aproximadamente 90 músicos e coro elevado para 60 vozes. Através do partido estrutural adotado, o volume da sala sinfônica fica suspenso, liberando o chão para estacionamento de veículos, de ônibus e doca de carga e descarga.

Planta Baixa


Por último, mas não menos importante, foi projetado um edifício anexo. Ele é independente da sala sinfônica, porém articulado a ela por meio de duas passarelas e deve abrigar camarins, salas de ensaios, depósitos, oficinas, diretoria da orquestra, convívio dos músicos e restaurante. Abaixo deste bloco, está ainda reservada uma área para vão livre, que deve propiciar atividades e convívio, além de uma praça e jardim remanescentes.

Um dos sócios do escritório, Pedro de Melo Saraiva, conta que as dimensões exigidas pela sala sinfônica - 30m de largura, 41,25m de comprimento e 20m de altura - foram um susto inicialmente. "Como a caixa, que será completamente nova, já é bem grande e rouba a cena, tivemos que ter sutileza nos outros elementos para marcar a intervenção", conta Pedro. 

Corte. 


Por isso, nos três blocos foram utilizadas volumetrias e materiais neutros e distintos entre si, a fim de marcar a intervenção e resguardar a história da construção tombada. Assim, o bloco I tem sua expressão na edificação mantida; o bloco II, por suas necessárias dimensões e por seu revestimento em placas e telas em zinco-titânio, estabelece um interessante jogo de planos e transparências; e, por fim, o bloco III, é todo em concreto armado aparente.

O projeto encontra-se em fase de Estudo Preliminar e deve ser submetido à aprovação dos órgãos de patrimônio responsáveis em breve. A área total construída será de aproximadamente 11.000 m².

Sala de Concertos e Orquestras Maestro João Carlos Martins
Arquitetura e coordenação geral - PPMS Arquitetos Associados - Pedro Paulo de Melo Saraiva, Pedro de Melo Saraiva, Fernando de Magalhães Mendonça 
Colaboradores arquitetos Christian Nobre e Alex Lima de Holanda 
Estagiárias Paula Hori e Dulci Cipriano
Consultoria em Acústica Acústica & Sônica/arquiteto José Augusto Nepomuceno
Levantamento do existente arquiteta Daniela Mungai 

Local Tatuí, SP
Área total 11 mil m²
Ano 2011/2012